PodCasts

04/09/2023

O que vem por aí na Semana Econômica!

Informações importantes, toda segunda-feira, trazendo a semana em indicadores e movimentações da economia e do mercado. Não deixe de escutar e mantenha-se informado.


31/08/2023

Déficit de R$ 97 Bilhões das contas do Governo é o maior para o mês de julho no acumulado em 12 meses em 26 anos

No mês de julho, sozinho, o déficit foi de R$ 35,9 Bilhões, o segundo maior desde 2020, quando chegou em R$ 109,6 Bilhões para combater a pandemia, segundo o Tesouro Nacional. Segundo o governo, o resultado não altera previsão de rombo de 1% do PIB no ano, mas no acumulado até julho, já está em 0,95% do PIB. Os dados levam em conta Tesouro Nacional, Previdência Social e Banco Central (BC). Os ministérios da Fazenda e do Planejamento projetam atualmente resultado negativo de R$ 145,4 Bilhões para 2023. Na prática, trabalham com uma espécie de projeção informal de déficit de aproximadamente R$ 100 bilhões ou 1% do PIB. Neste ano, não há receitas importantes que aconteceram no ano passado, como a capitalização da Eletrobras e o pagamento de royalties excessivos por parte da Petrobras. No acumulado do ano, a receita líquida, descontada a inflação, caiu 5,3%. Já as despesas totais, elas cresceram 8,7% na comparação com o mesmo período do ano passado. Em relação a julho, a alta foi de 31,3%. O crescimento de despesas junto com a redução de receita, devido também à desaceleração da atividade e queda do preço das commodities, aumenta ainda mais as dúvidas sobre a meta do governo de zerar o déficit primário em 2024. Esses indicadores estão levando o Governo a preparar um pacote que visa aumentar a arrecadação em 2024 num montante de R$ 168 Bilhões em receitas adicionais para cumprir essa meta ambiciosa de zerar o déficit público. Uma série de medidas estão sendo lançadas para atingir esse objetivo, todas com cunho de aumento na arrecadação. O problema é que a economia (e a população) já estão num patamar muito elevado em termos de carga tributária. Na teoria econômica, a Curva de Laffer aponta que há um patamar ótimo de carga tributária e que passar desse ponto faz a arrecadação cair ao invés de subir. O certo seria reduzir despesas, com uma Reforma Administrativa, não pressionando a economia ainda mais.


30/08/2023

Os fundos exclusivos, que passarão a ser tributados, tiveram saída de R$ 71,4 bilhões

Esse movimento vem antecedendo à nova Medida Provisória que propõe a taxação de fundos familiares fechados. Eles são exclusivos ou reservados a poucos investidores e tiveram até julho desse ano saída líquida de R$ 71,4 bilhões, mais da metade dos quase R$ 125 bilhões que deixaram o mercado no período. Em 2022 como um todo, ano em que o setor não teve um bom desempenho, os esses fundos fechados tiveram uma redução de R$ 21,9 bilhões, bem menor do que o acumulado até esse ano, para resgates de R$ 113,2 bilhões no total de todos os fundos. O patrimônio dessas carteiras, que é destinada à gestão de famílias com muito dinheiro, alcançou R$ 966,2 bilhões em julho, um aumento de 10,6% na comparação com dezembro de 2022, com a valorização dos ativos. No total, o setor de fundos encerrou o mês de julho beirando os R$ 8 trilhões e claro, o governo com a sua ânsia para arrecadar mais, para poder tentar zerar o déficit no ano que vem, sem redução de gastos, está de olho no bolso dos super ricos, tentando aumentar a sua receita para fazer frente a esse aumento de despesas das contas públicas. Pelo desenho da Medida Provisória 1.184, que foi enviada ao Congresso, se o texto for aprovado pelo Legislativo como está, vai haver um come cotas, um imposto semestral que vai incidir nos fundos abertos de renda fixa, multimercados e cambiais, se estendendo para esses fundos fechados, que hoje só pagam imposto quando são liquidados ou em amortizações anuais. No radar, estão inclusive fundos de ações, de participação em empresas e de recebíveis. Até os imobiliários, que são hoje muito queridos pelos brasileiros, vão provavelmente ter que atender a determinados requisitos para escapar da ânsia do governo em arrecadar. Estima-se que os fundos exclusivos fechados e reservados, usados para gestão patrimonial, reúnam cerca de R$ 600 bilhões. No setor do private banking, eram R$ 203,7 bilhões até o fim de junho. Esse tipo de medida é muito questionável, porque boa parte desses muito ricos tem dupla cidadania, moram fora do país e tem a possibilidade de remeter os recursos para o exterior. Então, muitos estão fazendo essa revisão de carteiras, fazendo essa realocação dos recursos em outros países que não tem a mesma tributação e a partir de lá podem fazer investimentos em outros países, até de volta aqui no Brasil. Então, pode ser que essa medida sirva na realidade como um grande esvaziamento de investidores muito ricos aqui do país, migrando para outros países, da mesma forma que já aconteceu em outros países, como na Europa, principalmente com a Noruega, que teve uma perda grande de bilionários e investidores que foram para outros países quando a tributação sobre eles aumentou.


28/08/2023

O risco da China entrar em recessão existe?

Entenda o que está acontecendo na economia chinesa que está preocupando o mundo e quais são os impactos na economia brasileira, caso isso aconteça. O modelo de crescimento chinês está sendo questionado e pode trazer consequências na economia mundial. A China tem um débito acima de US$ 9 Trilhões contraídos por governos locais para incentivar investimentos no setor produtivo e em infraestrutura, através dos Local Government Financing Vehicles (LGFV). Esse valor representa mais de 50% do PIB chinês (de US$ 18,1 Trilhões). O risco de default desses títulos tem aumentado e o Governo Central vem tentando resolver esse problema sem fazer resgates de socorro aos governos locais. As províncias e cidades cujos empréstimos impulsionaram o maior boom de infraestrutura do mundo terão de reduzir os seus gastos e reestruturar a dívida – tudo isto sem prejudicar drasticamente o crescimento econômico. Se falharem, isso poderá levar a segunda maior economia do mundo a uma crise sem precedentes, impactando o mundo todo. O modelo de forte crescimento chinês foi montado com empréstimos feitos pelos governos locais para financiar desde montadoras de veículos, passando pelo setor imobiliário, e incluindo a infraestrutura de estradas, água e plantas de fábricas. Mas, muitos desses negócios são de baixo retorno e levam muito tempo para gerar caixa, precisando sempre de mais empréstimos para financiar mais infraestrutura, numa bola de neve. Várias empresas não conseguiram gerar receitas suficientes para pagar os juros dos empréstimos. Os bancos não estão dispostos a emprestar mais, os investidores estão evitando esses tipos de títulos e está se tornando mais difícil encontrar projetos de investimento viáveis. No início do processo, a economia cresceu rapidamente, levando o mundo a se surpreender com o crescimento chinês. A infraestrutura construída foi fornecida gratuitamente ou a um preço muito baixo ao público e às empresas como parte da sua responsabilidade de promover o “bem-estar público” e o crescimento econômico. Mas esse modelo de financiamento está agora sob uma pressão nunca antes vista. Um montante recorde de dívida LGFV está para vencer. Os governos locais, especialmente nas zonas mais pobres, estão vendo uma queda nas receitas devido a uma queda de dois anos nas vendas de casas. Além disso, os bancos e os investidores estão menos convencidos de que Pequim irá resgatar alguns LGFV se estes falirem, aumentando as taxas de juro das obrigações e dos empréstimos e dificultando o acesso ao financiamento por parte das empresas mais fracas. Caso a situação se agrave, o impacto será significativo na economia mundial. Hoje a China é o maior parceiro comercial da maioria dos países, inclusive do Brasil. Essa situação poderá derrubar os preços mundiais das principais commodities, minerais, do agronegócio e combustíveis, desacelerando o setor exportador dos países, com fortes consequências internas em cada economia. O impacto poderá ser até maior que o do Covid-19, caso não seja contornado com um apoio financeiro internacional.


28/08/2023

O que vem por aí na Semana Econômica!

Informações importantes, toda segunda-feira, trazendo a semana em indicadores e movimentações da economia e do mercado. Não deixe de escutar e mantenha-se informado.


24/08/2023

BRICS aprova a inclusão de mais 6 membros: Irã, Arábia Saudita, Emirados Árabes Unidos, Egito, Argentina e Etiópia

A mudança representa uma força política da China em incluir novos participantes e atende a indicação do Brasil em incluir a Argentina. Isso é bom para o Brasil? A China foi a grande vencedora da cúpula de Joanesburgo e é o país que detém grande força econômica, política e militar nesse grupo. Foi a proponente de expandir o grupo para 11 países, mesmo sem grande interesse dos demais membros do grupo. Sua força política foi decisiva. Para o Brasil, o resultado é mais negativo do que positivo, pelo menos num primeiro momento. Perdeu influência, com uma queda de 20% de participação política, para menos de 10%. Os novos entrantes têm uma agenda mais alinhada com a China e representam um grupo mais antiocidental que antes. O Brasil deve usar essa mudança para retomar a sua entrada na Organização de Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), como alternativa para um grupo que inclui o Irã, por exemplo, que defende uma política de ataque ao Ocidente. O Brics mudou de posicionamento de defesa econômica para ser mais ofensivo, com essa alteração alinhada com a China. Por outro lado, a inclusão da Arábia Saudita e Emirados Árabes Unidos, pode levar a um aporte significativo no Banco do Brics. Ambos têm fundos soberanos e não soberanos bilionários, que podem investir em diferentes partes do mundo, enquanto o ciclo do petróleo durar. A Índia permanece no grupo e tem um crescimento expressivo, em ritmo “chinês” e que pode trazer benefícios ao Brasil, mas somente o tempo poderá mostrar. A Argentina pode mudar de presidente nos próximos meses e vai depender de quem ganha a eleição para aceitar fazer parte do Brics. Egito e Etiópia são nações que trazem alguma relevância mais diplomática que econômica. A África do Sul, por sua vez, passa por sérias dificuldades econômicas e, talvez, não devesse mais fazer parte desse grupo. A Rússia sofre sérias sanções econômicas e está envolvida em um sério conflito internacional. Portanto, para o Brasil, o Brics pode representar um retrocesso em alinhamento, oportunidades e negociações com o Bloco Econômico Ocidental, trazendo impactos significativos na sua entrada na OCDE, no Acordo de Livre Comércio Mercosul x União Europeia e até mesmo no seu desejo de fazer parte do Conselho de Segurança das Nações Unidas.


23/08/2023

O Centro de Liderança Pública (CLP) divulga Ranking de Competitividade dos Estados e Municípios e Recife fica em 1º lugar no Nordeste, subindo 45 posições, enquanto Pernambuco cai uma posição para o 16º lugar

O ranking leva em consideração municípios com mais de 80.000 habitantes, com 410 no total, e todos os estados e o Distrito Federal. Entenda melhor os resultados. Dentre as capitais, Recife ficou em 7º colocado no Brasil. No ranking geral, em 35º lugar. Em primeiro lugar, vem Florianópolis, seguida por São Paulo e Porto Alegre. Fortaleza é a segunda mais bem posicionada no Nordeste e 11ª no país como um todo. Caruaru aparece em 6º lugar no Nordeste, Garanhuns em 8º, Serra Talhada em 10º e Petrolina em 16º. Recife ficou em 3º no país em Capital Humano, com o Cluster de Tecnologia local puxando o índice para cima, e em 11º no Funcionamento da Máquina Pública, que tem um efeito das pesquisas sobre burocracia feitas recentemente pelo LIDE e Banco Mundial, e da própria pandemia. Recife também teve um destaque em Inovação e Dinamismo Econômico, ficando em 26º. Por outro lado, Recife ficou em 344º lugar na questão Segurança, 343º em Telecomunicações e 302º em Acesso à Saúde num ranking com 410 municípios. Já com relação aos estados, Pernambuco perdeu uma posição, caindo para a 16ª posição, ficando atrás do Ceará (12º) e Paraíba (13º) no Nordeste. Os 4 primeiros lugares permaneceram com os mesmos estados desde o ranking anterior, com São Paulo, Santa Catarina, Paraná e Distrito Federal, de primeiro a quarto lugares. O Maranhão teve o maior crescimento de posições, indo de 26º para 21º. Pernambuco tem um caminho pela frente a ser desenvolvido para poder melhorar seu posicionamento. Ainda assim fiou em 8º em Inovação, 10° em Infraestrutura e 15º em Sustentabilidade Ambiental, como destaques positivos. Já Segurança Pública ficou em 25º, Capital Humano em 24º e Potencial de Mercado 19º. Potencial de Mercado é um ponto importante para a competitividade do Estado, que impacta diversas outras variáveis.


22/08/2023

A arrecadação federal teve um tombo real de 4,2%, fechando o mês de julho em R$ 201,8 bilhões

O acumulado do ano também passou a registrar queda na comparação com 2022. Isso chama bastante atenção, porque a economia vem mostrando sinais de desaceleração e impacta no Arcabouço Fiscal. Nesse momento, as taxas de juros elevadas começam a cair por conta desses sinais de desaquecimento da economia brasileira. Além disso, há uma situação importante de aprovação do arcabouço fiscal, que depende do desempenho da receita arrecadatória para bancar as despesas. A arrecadação apresentou essa queda no segundo mês seguido de queda real e o terceiro recuo neste ano. Em junho, a queda havia sido de 3,4%. Antes disso, em março, tinha apresentado também queda de 0,42%. No acumulado do ano, nos sete meses desse ano, a arrecadação passou então a registrar queda na comparação com o ano passado. De janeiro a julho foram arrecadados R$ 1,27 trilhão. Em valores corrigidos pelo IPCA, a arrecadação parcial de 2023 somou R$ 1,35 trilhão contra R$ 1,36 trilhão do mesmo período em 2022. É importante acompanhar isso porque para fechar a receita ano a ano até 2026, há uma necessidade de aumento de R$ 254 bilhões para atingir o piso das metas de resultado primário do Arcabouço Fiscal. Além disso, Fernando Haddad afirmou que é preciso ampliar a receita do governo em um montante entre R$ 110 bilhões a R$ 150 bilhões para zerar o rombo das contas do governo, que é o objetivo da equipe econômica para o próximo ano, algo cada vez mais difícil de ser atingido, mesmo com a elevação e criação de impostos para atingir esse objetivo.


21/08/2023

O déficit das contas do governo só deve ser zerado em 2028, mesmo com o Arcabouço Fiscal, mostrando uma dívida pública crescente, segundo expectativas do mercado

A área econômica tem prometido zerar o déficit nas contas do governo no próximo ano. O Tesouro Nacional prevê que a dívida pública vai se estabilizar abaixo de 80% do PIB até 2026 e depois vai ter recuo. Apesar disso, o mercado Financeiro estima que o setor público vai registrar superávit em suas contas somente em 2028 e que a dívida pública brasileira continuará crescendo nos próximos anos, atingindo 89% do PIB em 2032. Vale lembrar que em junho, o endividamento somou 73,6% do PIB. Essas informações vêm do relatório Focus, que é divulgado semanalmente pelo Banco Central e esse levantamento ouve mais de 100 instituições financeiras sobre as projeções da economia. Essas projeções não coincidem com o discurso da área econômica. O Ministério da Fazenda tem informado que busca trazer saldo positivo nas contas do governo já a partir de 2024, enquanto o Tesouro Nacional estima que a dívida pública vai se estabilizar abaixo de 80% do PIB até 2026 e depois gradualmente ter uma trajetória de queda. As contas do setor público englobam os estados, municípios e estatais, mas o peso do governo é muito grande. Do superávit de R$ 125 bilhões que foi atingido em 2022, cerca de metade desse valor veio do resultado do governo. Os objetivos da equipe econômica com o Arcabouço Fiscal contemplam uma banda para que as metas de suas contas, que ficaria entre saldo negativo de 0,25% do PIB em 2024 até superávit da mesma magnitude e as contas do governo iriam voltar ao azul a partir de 2025. Se essas metas não forem atingidas, então os gastos poderão crescer menos, 50% do aumento real da receita em vez de 70% nos próximos anos, de acordo com o próprio Arcabouço Fiscal. A alta real de gastos, ainda segundo a nova regra para as contas públicas, vai ficar entre 0,6% e 2,5% ao ano. Vale lembrar que o texto do Arcabouço já passou pela Câmara e pelo Senado, mas voltou para a Câmara por conta de alterações que foram feitas lá e há uma negociação para que ele seja talvez voltado ainda essa semana, mas há muita desconfiança por parte do mercado de que o Arcabouço vai ser realmente atingido com o desempenho da economia e a evolução dos gastos públicos para esse período.


21/08/2023

O que vem por aí na Semana Econômica!

Informações importantes, toda segunda-feira, trazendo a semana em indicadores e movimentações da economia e do mercado. Não deixe de escutar e mantenha-se informado.