PodCasts

29/08/2022

O que vem por aí na Semana Econômica!

Informações importantes, toda segunda-feira, trazendo a semana em indicadores e movimentações da economia e do mercado. Não deixe de escutar e mantenha-se informado.


26/08/2022

PIB Potencial do Brasil dá espaço para maior crescimento em 2022 e já está acontecendo

O hiato do PIB, que mede a distância entre o PIB real e o PIB potencial está reduzindo, mas ainda há margem para maior crescimento sem estrangulamentos em setores ou inflação adicional. O PIB potencial é uma medida teórica, que leva em consideração o quanto a economia cresceria em um cenário sem inflação descontrolada, com emprego em patamar que não pressiona a economia, ou seja, um ambiente sem pressões inflacionárias. Ele anda lado a lado com o PIB real. Em momentos de crise, há um descolamento entre os dois PIBs e isso se dá pelo aumento da ociosidade na economia causada por incertezas econômicas, políticas ou externas. De 2015 para cá, o país tem ficado com uma diferença muito grande, com um PIB real abaixo do potencial. O PIB tem surpreendido positivamente, em parte devido a medidas do governo como antecipação do FGTS e o teto do ICMS, gerando uma expansão que não vinha sendo precificada pelo mercado, além de uma reação do setor de serviços com a concretização da reabertura da economia. Essa diferença caiu substancialmente e a ociosidade ainda existe, mas é bem menor que nos momentos do auge das crises que o país passou. O movimento obrigou os analistas a revisarem suas previsões para o PIB real de 2022, do início do ano para cá, como visto no Boletim FOCUS. É certo que o ano de 2022 terá um crescimento bem superior ao que se esperava inicialmente. Para 2023, porém, as incertezas são muitas. Os analistas, novamente, falam em um crescimento muito baixo, com um risco fiscal muito elevado. Pode ser que se surpreendam novamente.


25/08/2022

População ocupada no Brasil passa de 100 milhões

O IPEA divulgou que o número de pessoas ocupadas no país chegou a 101,2 milhões após o ajuste sazonal no mês de junho, indicando um recorde da série histórica iniciada em janeiro de 2012. O nível de ocupação chegou a 58,3%. Por sua vez, a taxa de desocupação, também dessazonalizada, caiu para 8,9%. O crescimento significativo da população ocupada vem desencadeando quedas significativas da taxa de desocupação. Foi a 13ª queda consecutiva em junho, menor patamar desde julho de 2015. Em junho de 2022, embora a população desempregada ainda fosse de aproximadamente 10 milhões de trabalhadores, este contingente possuía 4,3 milhões de pessoas a menos em relação ao observado em junho de 2021, o que representa uma queda de 30,1% e 2,3% em relação a maio. Em relac?a?o a? posic?a?o da ocupac?a?o, os dados ainda apontam uma expansa?o maior da ocupac?a?o informal, com variac?a?o interanual de 21,9% dos empregados sem carteira, o emprego privado formal tambe?m mostra bom comportamento, com alta de 12,2%, na mesma comparac?a?o.


24/08/2022

Inflação já está abaixo de 10%

O IPCA-15 apresentou deflação de 0,73% para agosto e no acumulado em 12 meses, o índice caiu para 9,6%. Essa foi a maior queda de toda a série histórica iniciada em novembro de 1991 pelo IBGE. O acumulado do ano está em 5,02% e pode cair. Entenda. Essa é a 1ª vez no ano que o acumulado de 12 meses fica abaixo de 10%. Na realidade, a última vez que ficou abaixo de 10% foi em agosto de 2021. De lá para cá, a pressão inflacionária fez com que o índice ficasse mais do que o dobro do teto da meta de inflação, 5,0% em 2022. A gasolina foi o principal item que influenciou a queda, sendo responsável, sozinha, por um impacto de -1,07 ponto percentual. Dos 9 grupos pesquisados, 3 apresentaram deflação no período: Transportes, com uma queda expressiva de 5,24%, habitação, -0,37% e comunicação, -0,30%. Alimentação e Bebidas foi, novamente, o grupo que trouxe mais peso na elevação do IPCA-15, com impacto de 1,12%. Mas, a boa notícia é que o índice de difusão, que mede a quantidade de itens que tiveram aumento de preços no período, diminuiu novamente, indo de 67,8% para 65,1%. O IPCA, ao invés do IPCA-15, representa a inflação oficial. A expectativa é que o IPCA se comporte na mesma direção quando o mês virar. Vale lembrar que em agosto de 2021, o IPCA subiu 0,87%. Caso venha a cair 0,73% em agosto desse ano, o acumulado em 12 meses cai para 8,47%.


23/08/2022

Caixa lança linha de crédito de crédito de R$ 1,1 Bilhão

MEIs, MPEs e empresas com faturamento até R$ 300 milhões poderão ter acesso ao crédito pelo GiroCaixa FGI, reaberto desde segunda pelo BNDES. A expectativa é que os recursos acabem rápido por conta da alta demanda. O limite inicial disponível foi de R$ 1,1 Bilhão para empresas com receita bruta entre R$ 81 mil até R$ 300 milhões. Pois é, os Microempreendedores Individuais (MEIs) agora também foram contemplados. Os recursos já tiveram uma demanda de R$ 200 milhões somente no 1º dia. As empresas podem solicitar entre um valor de R$ 5 mil até R$ 10 milhões, a depender da análise de crédito de cada uma. A taxa de juros inicia em 1,18% ao mês, com prazo de 60 meses e carência de 12 meses. As taxas, limites e prazos vão depender do porte e análise de risco. Os recursos podem ser utilizados para investimentos, como aquisição de máquinas e equipamentos, como também para despesas operacionais, pagamento de salário de empregados, compra de matérias-primas, mercadorias e outros. Essa flexibilidade é bastante importante para as empresas. A garantia é baseada no FGI, que responde por 80% do valor do crédito. O restante é assegurado por aval dos sócios, mas outras garantias podem ser solicitadas, dependendo da análise de cada empresa. Um ponto importante, é que não será cobrada Taxa de Abertura de Crédito (TAC). O PRONAMPE, por sua vez, já foi responsável por R$ 5,7 Bilhões em operações na Caixa nessa versão mais recente. As empresas de pequeno porte (EPPs) respondem por R$ 4,8 Bilhões. A Caixa informou que pode operacionalizar até R$ 19,8 Bilhões e tem 29,2 mil clientes pré-aprovados. É importante analisar com critério a aplicação desses recursos, que tragam bom retorno, pois os financiamentos estão mais caros, com a SELIC mais alta (13,75%), e as parcelas precisam caber no fluxo de caixa da empresa, para não deixar o negócio estrangulado, sem liquidez. Também vale a pena comparar com as taxas oferecidas nas operações do BNB no NE, BASA no NO e Banco do Brasil no CO. Esses bancos repassam recursos subsidiados de fundos constitucionais e têm taxas muito atrativas, competindo com vantagem sobre os recursos do FGI e PRONAMPE.


22/08/2022

Mercado já precifica inflação encerrando 2022 abaixo de 7%

O Boletim FOCUS dessa semana apresentou uma projeção do IPCA para 2022 em 6,82%, abaixo dos 7,02% da semana passada. Essa expectativa volta ao mesmo patamar de março de 2022, pouco depois da invasão russa à Ucrânia. No auge da problemática envolvendo o preço do barril de petróleo e de outras commodities agrícolas, como o trigo, a expectativa do IPCA para 2022 chegou próximo dos 9%, mas recuou fortemente depois da imposição do teto de ICMS e da queda dos preços do petróleo e do Dólar. Os resultados do IPCA para os meses de julho e agosto irão contribuir para a convergência da inflação para esse patamar mais baixo. Na última semana, tão somente, o preço da gasolina caiu quase 2%, segundo a ANP, o que impacta fortemente na formação do IPCA em agosto. Por conta disso, a SELIC deve fechar o ano em 13,75%, previsão mantida desde junho, precificando o controle da inflação de 2023, que também teve redução na previsão de crescimento. A SELIC de 2023, por sua vez, deve ficar em 11%, mas talvez seja reduzida, se o IPCA cair mais. O PIB, por sua vez, apresentou nova expectativa de crescimento para 2022, agora acima de 2%. É impressionante como os analistas erraram no início do ano, subestimando a retomada do setor de serviços, principalmente. Em janeiro chegaram a prever o PIB de 2022 em 0,25%. O erro vai se repetir em relação a 2023? A expectativa é de um crescimento de 0,39%, indicando trimestres de recessão. Mas por que tão pouco? Por conta da SELIC elevada? Ou por conta do resultado das eleições e da retirada de estímulos? Os modelos precisam ser melhor calibrados!


22/08/2022

O que vem por aí na Semana Econômica!

Informações importantes, toda segunda-feira, trazendo a semana em indicadores e movimentações da economia e do mercado. Não deixe de escutar e mantenha-se informado.


19/08/2022

União Europeia procura Brasil para restabelecer negociações do acordo com Mercosul

Após longo período de tratativas paralisadas, representantes da UE procuraram o Itamaraty e o Ministério da Economia. Esse é um sinal claro de redesenho das cadeias globais de valor. Entenda. As negociações estavam paralisadas desde 2021 sob alegações da União Europeia com questões climáticas envolvendo o Brasil. A invasão russa à Ucrânia mostrou que o cenário geopolítico internacional mudou e eles agora entendem que não podem mais contar somente com a Rússia. A verdade é que eles precisam voltar a discutir o acordo entre Mercosul e União Europeia justamente porque precisam de commodities agrícolas, minerais e energéticas. Há um problema de disrupção da cadeia de suprimentos e excessiva dependência da Ásia, principalmente China. os europeus disseram que estão interessados em ratificar o acordo e os dois lados da mesa discutirão os termos. A previsão do Governo Brasileiro é que a carta com a proposta de compromissos adicionais na área ambiental seja recebida até o fim deste ano, mostrando nova dinâmica. O acordo comercial beneficia ambos os blocos. O Brasil tem aumentado significativamente sua dependência comercial com a China, o que representa um risco para o país e submete os exportadores brasileiros a negociações muitas vezes desvantajosas para os produtos brasileiros. A diversificação e acesso a novos mercados é importante para brasileiros, que podem negociar preços e evitar crises de logística, como os recentes problemas ocorridos na China. Para a UE, o acesso ao Mercosul diminui a pressão inflacionária, em crises como a atual na Rússia.


18/08/2022

Tesla do Nordeste, a Voltz, vai produzir 20 mil motos elétricas em 2022, 4 vezes mais que em 2021

O mais interessante é que o modelo de negócios da empresa pernambucana, que abriu nova planta na Zona Franca de Manaus, traz um serviço de troca de baterias. Entenda melhor. A empresa, criada em 2019, tem uma linha de montagem no Cabo de Santo Agostinho e inaugurou uma planta com 11 mil m2 na Zona Franca de Manaus. Essa nova unidade tem capacidade de produção de até 200 mil motos por ano, mas irá produzir 20 mil até o fim de 2022. As dificuldades com fornecedores chineses e alta demanda europeia por baterias e componentes elétricos têm exigido um crescimento mais conservador na produção, que hoje tem lista de espera de 4 meses, colocando a Voltz como a 10ª maior montadora em vendas no Brasil. O mais interessante é que as motos vêm calibradas com diversas tecnologias de ponta nos seus 2 modelos atuais e há 5 novos modelos em desenvolvimento. A Voltz inova também no modelo de serviço de assinatura de troca de baterias descarregadas em pontos de troca para assinantes. A startup recebeu um aporte de R$ 100 milhões, onde investiu parte dos recursos na planta da Zona Franca de Manaus e outro valor significativo nas estações de trocas para fomentar o negócio de assinaturas que permitirá rodar com motos carregadas o tempo todo com trocas rápidas. A Voltz fez uma parceria com o iFood para desenvolver e testar o serviço de substituição de baterias com um público que usa intensamente as motos e que pode se beneficiar diretamente. O valor das motos cai significativamente quando a moto é vendida sem bateria, mais acessível. O levantamento com esse segmento, entregadores de delivery, indicou que muitos já tinham conseguido pagar o valor investido na moto com 3 a 4 meses usando o que economizaram em despesas que teriam com combustível. Isso pode fazer a migração para motos elétricas mais rápida.


17/08/2022

Tráfego aéreo nacional nas mãos do setor privado passará de 90%

O leilão de Congonhas e outros 14 aeroportos eleva o percentual de aeroportos na iniciativa privada de 75,8% para 91,6%, passando de 44 para 58 aeroportos. Essa rodada atrai R$ 7,3 Bilhões em investimentos. No fim do Governo Bolsonaro, a 7ª rodada de leilão de concessões de aeroportos para a administração da iniciativa privada traz investidores para um dos aeroportos mais movimentados e rentáveis do país: Congonhas. Mas o investidor levará junto outros 10 aeroportos em MG, MS e PA. Essa é a 3ª rodada de concessão de aeroportos realizada em blocos e funciona muito bem, pois os interessados levam o filé, no caso Congonhas, mas têm que roer o osso também, aeroportos menores que apresentam baixa viabilidade, mas que têm potencial de crescimento a longo prazo. Depois dessa rodada, ficará somente o aeroporto de Santos Dumont, no RJ, sob a administração da Infraero. Santos Dumont ficou para o 2º semestre de 2023, junto com o Aeroporto Internacional Tom Jobim (Galeão) que será relicitado após a RIOGaleão decidir por devolver a concessão. Nas 6 rodadas anteriores, 44 aeroportos foram concedidos à administração privada, com contratos de 30 anos. Hoje, 13 empresas e consórcios privados administram e têm realizado investimentos de modernização nos principais aeroportos brasileiros, aumentando eficiência e conforto. Alguns aeroportos tiveram investimentos importantes, recentemente, mudando completamente a sua aparência e funcionalidade. Os aeroportos de Guarulhos, Brasília, Salvador e Fortaleza, estão em destaque, foram renovados, com terminais modernos, amplos e fáceis de utilização. A porta de entrada do turista internacional é o aeroporto e a primeira impressão é a que fica. Aeroportos modernos ajudam para que o Brasil possa se tornar mais atraente. As parcerias feitas pelas concessionárias privadas ajudam, conectando com operadoras internacionais.